quinta-feira, 4 de outubro de 2012

A Nany

Eu via a Rose Nogueira se deliciando com a vida com um cachorro. Achava o máximo poder fazer parte da vida dela com os animais levando a Baja e o Requinho nas consultas veterinárias, dando um ou outro biscoito... Mas... não há nada que seja um "baratão" maior do que ter o seu próprio cachorro. Não faltam argumentos para não ter um cachorro, sejam estes que é muito caro, ou trabalhoso ou que o bicho sofre com nossa ausência. Argumentos para ter um cachorro? Só tenho um: o amor. Não existe nada melhor neste mundo do que ir no mercado e procurar o biscoito pro seu filho. Ou filha. Este amor é diferente daqueles que se compra em pet shops. Não que eu critique. Tem gente que ama de um jeito contrário do que eu amei todos os meus filhos, o Dólar, a Pauta. E a Nany. Quando vi a foto da Nany no meu Face, um grande amor nasceu de forma inexperada no meu coração. Nem eu mesma me via pronta para amar. "I Found Love/And didn't know I need it". But I did. Commo tudo na minha vida, consulto antes o Meu Amor Maior, O Senhor. E foi Dele meu amior incentivo. Tenho para mim, que Deus ama mais os animais, pois Os fez primeiro e Os poupou no Dilúvio. Na Bíblia há passagens que Ele conta a história de Seu infinito amor por estes seres tão especiais. E foi quando Ele me contou que até "os cachorrinhos precisam das migalhas de seus senhores" entendi que a Nany tinha sido criada para mim. Foi numa segunda ensolarada que ela chegou aqui, assustada pela viagem, pela vida que tinha tido até ser encontrada por uma protetora de animais assistida pelo Cão Sem Fome, projeto que serei eternamente grata e que todos os dias está presente nas minhas orações e no meu coração. Demoramos dois dias para nos tornarmos melhores amigas. E mais um para sermos mães e filha. Aos poucos, a vida passou a ter mais um sentido, o do amor a minha cachorra. Descobri isso quando fui ao mercado e, de repente, era eu que procurava os bifinhos para minha Nany. Hoje não tem jeito de levar a vida diferente do que levo: sem minha amiga, companheira, filha, sem minha Nany. Todos os dias declaro para ela meu amor. "Nany, mamãe te ama demais!". Mas foi meu irmão que viu o jeito que ela mais gosta de ser amada, recebendo carinho na orelha com a cabeça apoiada no meu colo. No Dia Internacional dos Animais, o desejo mais profundo do meu coração é que todos possam amar um deles assim como eu amo a Nany, minha marrom!

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Então...



São Paulo, SP, Brasil.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

O X da questão

Os Direitos Humanos, até então pensados como “caridade” ou “generosidade” fazem parte agora de um debate político em duas corridas eleitorais distintas daqui para frente.

No Brasil, num cantinho da cidade de São Paulo, uma região que até 30 anos atrás era nobre e hoje é chamada de “Crackolândia” tem sido mais do que um bairro com ação policial. De repente, a questão do tratamento dado aos dependentes químicos do crack passou a fazer parte do discurso do pré-candidato à Prefeitura da cidade pelo PT (Partido dos Trabalhadores), Fernando Haddad. Mesmo sem ter anunciado seu candidato, o PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) também se manifestou a respeito do que pretende fazer na área. Até então abandonada, a “Crackolândia” agora entrou de vez no que será um programa de governo e as propostas para o local têm tudo para serem discutidas amplamente por ele e os demais proponentes ao cargo.

Em 2012, o debate político não se tratará apenas sobre questões econômicas, ambientais, educacionais: todo aquele que quiser entrar em campanha tem que estar preparado para falar sobre o direito de cada cidadão a ter uma condição básica e digna de vida. No caso da “Crackolândia”, o assunto não se restringe apenas sobre o tratamento ou não dos dependentes e sim o direito que todos têm de serem amparados pelo Estado Democrático de Direito como previsto na Constituição.


Mais pro lado de cima do trópico, os direitos humanos também ganham destaque nos debates. Lá, porém, a questão é a tortura. Usado como mote de campanha em 2008 pelo então candidato à Presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, o fechamento da prisão de Guantánamo, famosa pelas graves violações de direitos humanos e que em 2012 completa uma década de tortura institucionalizada, será sim usado pelos republicanos como mais uma das promessas que o democrata não honrou. Guantánamo não é, naturalmente, a maior preocupação dos americanos (que têm enfrentado a recessão e estou pensando em seus empregos) e não serão as diferentes propostas sobre o assunto que vão definir o curso das eleições. Mas que os candidatos terão que falar sobre isso- e Obama explicar por quê não fechou a prisão- a isso terão.

Enquanto em São Paulo a questão da violência e da tortura foi consequência do abandono pelo Estado, em Guantánamo as mazelas foram impostas pelo Estado, que, como aqui, se diz Democrático- e de Direito! O fato é que estes dois tristes enclaves e suas consequências nas vidas dos seres humanos que por eles passam finalmente agora faz parte de um sério contexto. Ver que as questões legítimas até então tidas como assistencialistas estão sendo pensadas, estudadas e aprofundadas, mesmo que de forma secundária ou terciária, é encorajador. Ver o debate ganhando consistência com argumentos sólidos já é uma grande vitória não apenas para os militantes dos direitos humanos de São Paulo ou dos Estados Unidos da América e sim de toda uma era pós-moderna que passa a pensar em um mundo melhor para todos.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

¿ pas de question ?

... Então, algumas questões são:

*Quem foi o gênio que constatou que não devemos ir ao mercado com fome?

*O que aconteceu mesmo com a minha cópia de Eu, Christiane F., 13 anos, drogada e prostituída?

*Como é possível não estar suando...

*... em janeiro de 2012...

*... em São Paulo?

*Por que sempre que temos que ir a algum órgão público, como o DETRAN por exemplo, pensamos em ir logo de manhã sendo que as repartições ficam abertas até às 17h e podemos ir muito bem depois do almoço?

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P.S.: Cara, o parágrafo acima foi escrito sem o uso do recurso copy and paste. Tipo, na raça mesmo. E ça c'est pas de question.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012



Não, R$ 3 que é um verdadeiro assalto.

Vila Leopoldina, São Paulo, SP, Brasil.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Um dia



Pelo que andei lendo na internet, o hit entre as patricinhas, quer dizer, it girls do momento, é um livro/filme sobre um casal que se reencontra todo ano no mesmo dia. Não mais criativo, o título é "Um Dia" e, segundo a crítica (como se a crítica fosse alguma coisa), ambos são bons.

O que eu resolvi usar o conhecimento da faculdade de jornalismo para fazer este nariz de cera (como se nariz de cera fosse, já que isso não é matéria, é um post- ei leitor, blog errado!) para justificar o título. As mocinhas encantadoras ficam preocupadas em passar um dia com o homem mais importante do resto de suas vidas sem se dar conta que, muitas vezes, passam.

O homem mais importante do resto da sua vida é aquele que, no caso, é único e insubistitível de forma mais surpreendente do universo. Funciona assim: sem se dar conta, num piscar de olhos, ele está lá, para te ajudar. Chega de longe num táxi branco, trazendo toda a parafernália eletrônica- se você der sorte, em alguns casos, com uma trilha sonora impecável- e com toda a disposição do mundo que só o amor é capaz de dar.

Ali, naquele momento, aquele homem de 1,80m não se parece nem um pouco com o feto ainda informe que fora formado no ventre de sua mãe. Não lembra em nada aquele coraçãozinho que se ouvia de longe pelo ultrasson e que logo depois se transformou num bebê que adorava papinha de beterraba.

Você olha e vê que aquele que está ali não é o mesmo menino que tinha medo do irmão mais velho com uma panela na cabeça imitando o Robocop, nem o talentoso aluno que fez uma escultura de coelhinho sozinho em um pedaço de sabão. Com um olhar mais atento e apurado, você nota, bem de longe, que aquele moleque que fuçava nos seus CDs de rock tem um gosto musical parecido com o homem que está sentado ao seu lado.

Com mãos habilidosas e uma destreza única, ele resolve tudo de maneira impecável- "Não, não pode ser!", penso comigo mesmo. “Será que é ele mesmo?". Sim, é. O profissional talentoso, rápido, prestativo e eficiente cujos honorários eu não teria condição de pagar é aquele mesmo pequeno da Silva da cama ao lado. Meu irmãozinho, quem diria, abriu mão de um dia das suas férias em movimentada agência de publicidade de São Paulo para me ajudar. O homem mais importante da minha vida hoje é o meu irmão caçula.

Dentre todas as coisas que pensamos quando recebemos a notícia de que ganharemos um irmãozinho, algumas delas são brincar, cuidar, choro, vela, tudo, menos que, um dia, você vai trabalhar ao lado dele. E é inimaginável pensar que o trabalho pode ser tão bom, afinal, quem vai olhar pra cama ao lado e ver um profissional de sucesso? Pô, ele é meu irmão.

Revisando um pouco a matéria, vejo que na minha parca biografia há pequenas coisas de que posso me orgulhar na vida. Já viajei o mundo inteiro, entrevistei os Foo Fighters na borda do Sena, fui mesária voltuntária e tantas outras coisas mais que valeram a pena. Das lembranças que me ocorrem agora, ter passado fome para que ele se desenvolvesse e viesse a este mundo de maneira saudável foi a melhor coisa que poderia ter me acontecido. Obrigada, Senhor pela graça atendida: meu irmão, Felipe Chaves.